Mas não quero falar do que foi ruim, contrariamente aos “ressentimentos” que eu já
deixei para trás há mais de vinte mil léguas, o que eu fui de bom (isso na
minha opinião que não vale muita coisa por ser auto centrada),é que me
assombra. Sim, fico perdido por vezes, desnorteado sem saber se o que sou agora; o endurecimento que hora vivo, é fruto
dos meus bem vividos momentos ou é a
negação de alguém que eu não quero que retorne.
Veja bem, estou tentando me explicar meu caro.
Eu já espalhei flores, já fiz de quase tudo pra ver quem
estava à minha volta feliz, passei por cima de preconceitos, revi os meus
valores e acabei inúmeras vezes afrouxando as minhas rígidas posições. E digo
que foi bom, fui imensamente feliz. Mas como tudo na vida tem uma
contrapartida, há um preço caro a se pagar pela felicidade.
Hoje eu tenho medo de pagar esse preço, e por conta disso quem
vive próximo a mim não me conhece por completo. Minha superficialidade vem
tornando frios os contatos, as relações, os sentimentos. Digo com certeza, “não
há nas amenidades o risco dos rompimentos traumáticos, dos desgastes por conta das muitas chegadas e partidas”. Mas o que se vive não deixa marcas profundas dignas de ser lembradas em qualquer tempo.
Só queria voltar mais uma vez, SER. E ter o prazer único e inigualável de ver um sorriso criado por minha sinceridade.
Deibith Brito
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