Pesquisar este blog

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

 

Para onde vai o brilho das estrelas mortas?

 

A luz decomposta pelo prisma,

Nos olhos da noite, longa, fria

A  noite, lápide que encerra a calma

A luz, a escuridão que perdeu a alma

 

No céu  onde jaz o olhar

Na espera do brilho, eu, fincado na terra

Não me é revelado se o brilho fenece

Ou se a luz, aos meus olhos não mais se oferece

 

Cerrados pelas mãos da noite

Os meus olhos aceitam a escuridão

Há beleza no fim,  mesmo que triste

 

O corpo todo agora em riste

Descansa na paz de última mansão

Que sem distinção a todos comporta

 

Iluminados por uma estrela morta.


(Deibith Brito)