Uma das coisas que recuperei foi a vontade de escrever.
Preciso de inspiração
o tempo todo. Criei uma musa; achei você.
Quem escreve faz
muito isso. Mas há regras. Deixar platônico pra não perder a inspiração.
Não revelar jamais.
Mas, caí no erro dos simples mortais,
Querer transformar a inspiração distante em respiração
próxima, querer presente o corpo ausente.
Como não sou grande escritor e talvez nem mesmo um dos
pequenos, troco toda a inspiração por um único beijo.
Que me falte sempre o dom de escrever, mas que fique pra
sempre a lembrança dos seus lábios.
E assim a minha musa, passaria de amor impossível a mortal verdade, realidade sensível.
E na ânsia de achar; perderia.
Pelo menos hoje o que não é; será um dia.
Eu também trocaria a inspiração distante pelo corpo presente. Antes que se perca de vez, o ganho é eterno.
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